sexta-feira, 8 de abril de 2016

SOFREMOS ATAQUE DE VÍRUS NO FACEBOOK



Isso aconteceu após termos feito comentários no Facebook da Embaixada de Angola, pela liberdade de expressão e pela libertação das pessoas prisioneiras políticas em Angola.
Curiosamente houve várias postagens feitas como nossas na nossa cronologia e sem qualquer hipótese até ao momento de serem apagadas.
Isto não nos impede de continuarmos a pugnar pela liberdade de expressão em Angola. 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

VIVEMOS NUM ESTADO POLICIAL!


Chego agora a casa depois do dia que me deixou esclarecido: vivemos num Estado Policial.
Passei a tarde a estudar e segui para o protesto contra o desalojamento de S. Lázaro. Ainda nem tive tempo de ler notícias, mas parece que detiveram 4 pessoas incluindo o nosso advogado, uma rapariga asmática a quem recusaram a bomba e um amigo meu cuja camisa vi esfarrapada e que tinha uma ferida no peito. Este desalojo foi ilegal, desrespeitou a providência cautelar do tribunal. A desculpa? Que estávamos a degradar o prédio (pintamo-lo, arranjámos-lhe a canalização, limpamo-lo... aquele prédio há anos que não estava tão bem tratado) - já agora um agradecimento à Ilga Portugal pelo mote, a luta pela igualdade aparentemente também passa por mostrar que o pessoal LGBT também pode ser estúpido e politicamente manipulado....
A manifestação, que começou por volta das 19h30 estava a correr pacificamente. À parte de um puto de cara tapada que mandou uma mancha de tinta a um edifício, só mesmo tambores, palavras de ordem e pessoas simpáticas. Subimos a Almirante Reis e fomos para a frente da casa da presidência. Por volta desta altura apareceram duas carrinhas da polícia de intervenção cujos polícias nos começaram a seguir. Na mão traziam bastões, escudos e carabinas. O pessoal, assustado, começou a subir mais depressa e dispersou. Conseguiram encurralar o pessoal na igreja dos anjos e não permitiram que ninguém saísse. Ainda ficámos lá para aí uma hora e meia e só saímos depois de sermos todos identificados. Em nenhuma altura houve uma tentativa de comunicação da polícia para connosco. Aquando a minha identificação o polícia, sem identificação, fez favor de deixar claro que:
1-Não podia gritar.
2- Não me podia manifestar.
"Vá mas é lá para o Bairro beber uns copos e deixe-se destas coisas". E porquê a proibição das manifs? Ora, naturalmente porque "as pessoas querem ir descansar para trabalharem e vocês não deixam".
Ao meu lado o rapaz a ser identificado pediu a identificação do polícia (mesmo que me revistou). Este irritou-se com o pedido e empurrou o meu amigo violenta/ contra a parede, de uma forma completamente gratuita. O chefe dele, Rui Oliveira, fez questão de deixar claro que não "vi nada" do que se passou à sua frente.
Identificaram toda a gente, e depois foram embora.
Agora, a voltar para casa do Rossio, passei por S. Lázaro. Deixei à porta (que cimentaram de cima a baixo) uma das flores de plástico que levávamos na manif. Andei vinte metros e quando olhei para trás o polícia que estava na carrinha estacionada do outro lado aproximava-se do prédio. Tirou a flor, olhou para mim, e sorriu. E depois desfez a flor completamente.
Simbolismo demasiado explícito? Deal with it. A Polícia em Portugal é imune. Estão acima de qualquer lei. São humanos? Claro que sim. E exactamente por isso têm lá uma bela quantidade de bestas brutamontes que têm de ser controladas. A Polícia em Portugal é imune. E não há quem vigie o vigilante.
É possível que não notes no teu dia-a-dia, a razão é simples: "Quem não se movimenta não sente as correntes que o prendem".
Mas vais mesmo deixar isto acontecer? Quem sabe se não és tu a seguir...

Texto de Pedro Feijó


sábado, 8 de outubro de 2011

15 DE OUTUBRO DE 2011 REVOLUÇÃO MUNDIAL


Apelamos à participação da juventude na preparação das atividades para esta data bem como à presença durante a mesma e envolvimento nos acontecimentos posteriores.



Para lá da nossa participação no programa geral divulgado pelo movimento ''Democracia Verdadeira, Já!'' haverá atividades de cariz exclusivamente anarquista em vários pontos do país:




Nos próximos dias irá ser feito um labor de preparação com a feitura de materiais, colagem de cartazes, distribuição de panfletos e difusão por outros meios.



Participa: juventudeanarquista@yahoo.com.br Telemóvel: 966 241 261.

segunda-feira, 21 de março de 2011

NÓS JOVENS ANARQUISTAS!

A Juventude Anarquista é uma juventude de ética libertária, tendo por princípios:
- O Antiestatismo
- O Antimilitarismo e mundialismo
- A Liberdade individual de cada um como condição necessária para a realização da colectividade humana.
- A antireligiosidade. Esta implica a não pertença inclusive a seitas, pseudo religiões ou religiões, grupos pretensamente filosóficos de gnose ou lojas ou instituições maçónicas, para maçónicas ou sociedades secretas.
Ser anti religioso significa não pactuar com a sugestão mental e manipulação das consciências em que as pessoas são envolvidas pelos agentes acima descitos. Também é reconhecida a qualquer pessoa o direito a uma ''espiritualidade'' ou melhor a um imaginário pessoal não hierárquico ou hierarquizável.
A Juventude Anarquista pretende do passado tomar os bons exemplos d@s jovens e outras pessoas não jovens de outrora, independentemente da região do globo onde os factos ocorreram.
Não temos o medo de errar, o erro pode ser pedagógico. Apenas nos orgulhamos das nossas próprias acções no plano individual, que tenham uma dimensão mais vasta que a simples manifestação das nossas necessidades pessoais ou familiares.
O objectivo global é um mundo melhor, logo mais natural, humano, justo e fraterno.
Em termos de referencial cultural português tanto nos revemos na atitude de D. Afonso Henriques (cidadão nascido fora de Portugal) que prendeu a sua própria mãe para que Portugal pudesse seguir e continuar com a sua soberania, como nos revemos nas Juventudes Libertárias do passado e atuais e nas Juventudes Sindicalistas.
Também é para nós uma referência marcante, todos @s jovens que ao longo dos tempos foram injustiçad@s, perseguid@s, estropiad@s e mortos ou deliberadamente esquecid@s por apenas quererem ver manifestado o seu desejo de vida, amor e liberdade.
Estão na situação acima mencionada @s jovens combatentes contra o fascism, nazismo e demais práticas totalitárias, sejam que são gerais e frequentes, desde o espectro político partidário da extrema-direita, à extrema- esquerda não descurando o centro e novos partidos políticos que surgem com o objectivo apenas intencional ou não de reformular o sitema que queremos destruído.
Como libertári@s assumimos a pretensão de não nos filiarmos de forma deliberada ou não nesta ou naquela corrente antiautoritária seja ela do passado, existente no presente ou possível de vir a existir.
não somos melhores nem piores que os outros, somos nós, somos diferentes - um dos nossos defeitos, ou talvez não - e temos o direito a existir da forma que acharmos melhor.
É assim que nos sentimos bem connosco e a Vida para nós faz sentido.
Este panfleto começou a ser distribuído no passado dia 19 de Março.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pose Ou Atitude

Nos últimos tempos, principalmente no ínicio de 2010 tem-se vindo a testemunhar uma grande afluência aos concertos, basta comparar com o ano passado. Algo excelente, pois é sinal que o movimento está a crescer e que cada vez mais aparece mais gente interessadanaquilo que fazemos e acreditamos. com a afluência de interessad@s o movimento rejuvenesce e leva com uma lufada de ar fresco à muito necessitada.
Mas infelizmente, apesar da afluência aos concertos ter vindo a aumentar, o pensamento crítico e a inovação parecem ter estagnado. Numa contracultura como aquela com que nos identificamos, é crucial anexar a consciencialização aos concertos e à diversão, pois ambas as actividades são importantes.
Parece-me que este vírus denominado alienação está cada vez mais a infectar a música de intervenção. é extremamente comum ver pessoal nos concertos a berrar de pulmões abertos letras de agitação e a ostentar simbologia subversiva, mas quando chega realmente a altura de actuar, ou estão demasiado drogados para isso ou simplesmente não estão com vontade. Verifica-se uma paralização dentro do movimento.
O que é dest2s revolucionári@ quando existem iniciativas como manifestações, debates, boicotes, ou o que quer que seja?!
Aqueles que mais se tentam afirmar e mostrar aquilo que são (ou querem ser), acabam por ser os que menos aparecem nestas iniciativas e os que menos trabalham para ver em prática aquilo em que acreditam. Temos de abrir os olhos e mudar. Não podemos deixar que a nossa cultura se torne apenas uma moda, mas sim que rejuvenesça e aproveite esta lufada de ar fresco que tem vindo a receber. Temos de trazer para os concertos acção e intervenção. Consciencializar e agir. E quando me refiro a acção, não falo de mudança na internete ou nos fóruns. Falo de mudança nas ruas e no contacto directo entre nós.
Outro caso flagelante é a atitude que temos para com nós próprios e para com os outros.
As coisas mais importantes passam para o segundo plano, e as coisas irrelevantes como a estética por exemplo, tornam-se principais.
Parece ser mais relevante a roupa que ostentamos e não a atitude que temos. E o feedback que se recebe é igual às atitudes que tomamos, pois parece que se alguém não se vestir de acordo com os estereótipos definidos é logo posto de parte. Por outro lado, se encontramos um indivíduo mais alienado do que uma pedra, mas se tiver a sua farda completa e em ordem, já merece um protagonismo ridículo e é logo posto num pedestal, sendo visto como um ídolo por muita gente.
Infelizmente é isto que se verifica, e parece estar a aumentar cada vez mais. Cabe-nos a nós inverter esta situação e abrir os nossos horizontes... Ou melhor, pô-los onde nunca deveriam ter saído.
Põe em prática aquilo que dizes ser.
Texto de panfleto distribuído num concerto realizado no Ateneu Libertário de Lisboa.