segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

SOBRE AS PRAXES "ACADÉMICAS"

Em tudo aquilo que é tradicional se manifesta o brilho transfigurador das noções
religiosas e da submissão mística.
Cit. de Rudolf Rocker, um anarquista alemão.
Atradição é, em certas regiões muçulmanizadas, a amputação do clitóris; é nas comunidades judaicas, a circuncisão; é em certas regiões dominadas pelo catolicismo o culto da Virgem Maria, também conhecido pelo culto das pichas-murchas; é a transformação das mulheres em meros objectos;... A TRADIÇÃO É A NEGAÇÃO DA PERSONALIDADE! É A NEGAÇÃO DA LIBERDADE!
Grupo Anarquista "Vermelho e Negro".
Embora tivessem praticamente desaparecido, devido à luta antifascista nos meios estudantis e à acção revolucionária do período que sucedeu à queda do salazarismo, as praxes "académicas", como tantas outras merdas do fascismo, reapareceram após o golpe contra-revolucionário de 25 de Novembro de 1975, tendo atingidi, no período actual, um nível que está a pôr em causa a LIBERDADE e AUTONOMIA INDIVIDUAIS que a classe trabalhadora e os jovens estudantes conquistaram após o derrubamento do fascismo. As praxes "académicas", que têm o apoio activo de toda a direita e que beneficiam de uma atitude tolerante de grande parte da chamada esquerda, estão a criar, em vários establecimentos de ensino, uma situação gravíssima, insustentável, a muitos jovens estudantes, como o tem mostrado a comunicação social.
Os actos que têm constituído as praxes demonstram claramente que quem as impõe são, nitídamente, frustrados sexuais e pessoas de formação nazi, indivíduos do género daqueles (skins nazis) que afirmam que A VIOLÊNCIA É A MELHOR DO QUE FAZER AMOR. Considerando-se os casos que têm sido relatados pela comunicação social, conclui-se fácilmente que os praxistas, ou são pessoas que têm vergonha de assumir a sua homossexualidade, ou então indivíduos que, por razões diversas, não confiam neles próprios, ou seja, duvidam imenso de ser capazes de satisfazer sexualmente as pessoas do outro sexo. Trata-se em suma, de pessoas que não estão satisfeitas consigo próprias, particularmente, no domínio sexual. Vejamos alguns casos relacionados com as praxes que provam claramente as conclusões citadas:
- No Instituto Piaget de Macedo de Cavaleiros, uma aluna foi obrigada a despir-se e virar a roupa do avesso, a rebolar na lama, a simular orgasmos e a insultar a família.
- Na Escola Superior Agrária de Santarém, uma "caloira" foi torturada, esfregada com bosta, insultada durante horas, virada de pernas para o ar com a cabeça num penico e obrigada a fazer flexões.
- No Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), alguns dos alunos "veteranos" obrigaram "caloiros" a ir com eles à retrete, a abrir-lhes a braguilha e a pô-los a urinar.
Será necessário ler o Freud ou o Reich, para se ver o que, de facto move os praxistas?
Perante a grave situação referida, nós anarquistas, temos a dizer o seguinte:
1º) Qualquer "caloiro" ou "caloira" tem o direito de se recusar a ser objecto de praxes, sejam elas quais forem. Negar-se este direito significa pôr-se em causa a LIBERDADE de cada pessoa.
2º) Como há estudantes "veteranos" que pretendem forçar tod@s @s caloir@s a serem objecto das praxes, desprezando por conseguinte, a vontade própria destes(as), a sua LIBERDADE, nós defendemos que @s chamad@s caloir@s têm o direito de recorrer à VIOLÊNCIA, encarada como meio de AUTO-DEFESA, isto é, um meio de impedir os atentados à sua liberdade.
NÃO ÀS PRAXES! NÃO AO FASCISMO E AO NAZISMO!
VIVA A LIBERDADE INDIVIDUAL!
2/11/2003
Grupo Anarquista "Vermelho e Negro" - FAI

sábado, 14 de janeiro de 2006

NÃO TE DEIXES ATRELAR! DEFENDE A TUA LIBERDADE!

JOVEM:
O prazer que se pode obter, inicialmente, com o consumo de drogas (heroína, cocaína,etc), não compensa. Aliás, é o prazer que as drogas propiciam aos seus consumidores, no começo do consumo, que constitui a armadilha, o engodo. Se bem que, no início, gozem e brinquem com a droga, os seus consumidores acabam inelutavelmente por se tornar ESCRAVOS dela. Além das graves doenças e dos horríveis sofrimentos, físicos e psíquicos, que origina, a droga transforma indivíduos humanos em seres totalmente desprovidos de vontade própria, de auto-estima e de respeito por si próprios. Constituindo uma vacina contra a natural rebeldia humana, a droga despersonaliza, por completo, os seus consumidores. É patenta que os toxicodependentes de assemelham muito uns aos outros. Até parecem fotocópias uns dos outros. Tem-se falado muito, ultimamente, nos perigos da "clonagem", omitindo-se que o teatro inerente ao actual consumismo mercantil, um consumismo de ilusões e de imagens falsificadas da realidade, está a transformar a humanidade num autêntico REBANHO. Já tínhamos o gado patriótico-militar e o gado eleitoral. Agora, temos também o GADO MERCANTIL.
Sendo o efeito, os toxicodependentes constituem a parte visível da miséria humana inerente à droga, isto é, a parte de uma execrável relidade social que os veiculadores das mentiras políticas e mercantis não conseguem encobrir. É isto que explica o facto de os toxicodependentes constituirem o alvo preferido dos comportamentos irracionais antidroga, alguns dos quais, de multidões comandadas por políticos de campanário que embora vociferem contra a droga e os drogados, não se mostram esquisitos no que se refere à origem dos "cacaus" dos patrocionadores das suas campanhas eleitorais. É claro que os toxocodependentes, os "calhaus com olhos" na boca de certos espertalhaços que vendem droga, desempenham o papel de bodes expiatórios do crime organizado, isto é, do crime fomentado e protagonizado pela forças capitalistas dominantes, que neste domínio da sua actividade mercantil, como noutros, contam como toda a gente sabe, com bons apoios no seio de Estado dito de Direito.
O "mundo da droga" é, sob todos os seus aspectos, uma realidade social ABOMINÁVEL E NOJENTA. A sua existência exprime bem o estado de DECADÊNCIA, de PODRIDÃO, a que chegou a sociedade humana, sob o domínio do Estado e do capitalismo.
JOVEM:
Não é a "vida" de droga que constitui a alternativa à droga da vida actual. Como a procura dos paraísos celestes, prometidos pelas religiões, a "vida" de droga é uma FUGA ILUSÓRIA desta sociedade de ILUSÕES. Não existem paraísos celestes nem terrestres. A verdadeira VIDA é uma luta incessante, uma REBELDIA PERMANENTE. Aliás, é a REBELDIA HUMANA contra o curso natural das coisas que constitui a essência da cultura.
Altrenativa à droga de vida actual, uma "vida" de misérias várias, uma "vida" sem grandeza, desprovida de valores e sentimentos elevados, uma "vida" sem intensidade nem variedade, monótona, de tédio, só pode ser um combate por um IDEAL de dignificação e de engrandecimento da pessoa humana, um IDEAL baseado nas qualidades humanas das quais os próprios seres humanos se despojaram, atribuindo-as aos deuses, celestes e terrestres. Alternativa à merda da vida actual, uma "vida" em que os mentirosos de "cima" acreditam nas mentiras que veiculam e em que os enganados de "baixo" procuram, por meio do consumismo mercantil, imitar os comportamentos teatrais das várias vedetas sociais, em que uns e outros abdicam, por conseguinte, da sua individualidade, só pode ser uma luta social que tenha como base a motivação do indivíduo humano, considerado não como uma abstracção, mas sim como um ser único e multidimensional, como um ser inconfundível e dotado de uma dimensão ético-social.
Alternativa à droga da vida actual, só pode ser uma luta que vise substituir a sociedade podre por um NOVO MEIO SOCIAL, uma REVOLUÇÃO SOCIAL que, suprimindo o Estado e o capitalismo, crie as condições sociais que permitam que cada ser humano concreto seja, de facto, LIVRE, isto é, um ser auto-activo, autocriativo e dotado de uma vontade própria.
Só o pensamento anarquista, que não se baseia em conceitos colectivos, aponta o caminho da LIBERDADE INDIVIDUAL, a base e a essência de uma VERDADEIRA VIDA.
NÃO À ALIENAÇÃO! NÃO ÀS VÁRIAS DROGAS!
VIVA A LIBERDADE! VIVA A ANARQUIA!
16/4/1997 Federação Anarquista Ibérica.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2006

BIBLIOTECAS DOS GRÉMIOS ANARCOPUNQUES DE LISBOA E PORTO

Estamos a constituir uma biblioteca-arquivo sobre o Anarquismo em geral e sobre o movimento anarcopunque em particular. Temos já várias pastas com fanzines nacionais e estrangeiros organizados por ordem cronológica, um arquivo de cartazes, de bandas e respectivos registos musicais, arquivo de banda desenhada feita por punques ou sobre o punque,etc.
Todo o material encontra-se disponível para consulta pública nas moradas abaixo e dentro dos horários indicados.
Agradecemos a tua colaboração para este arquivo: fotos, gravações audio ou vídeo, bilhetes e cartazes de concertos, materiais sobre ocupações, etc.
LISBOA
Rua do Salitre, 139 2ºR 1250-198 Lisboa. Diáriamente das 21 às 23 horas. Excepto sábados e domingos. Telefone: 213 147 192.
PORTO
Rua S.Brás, 52 3º esq. 4000-152 Porto. Todos os domingos de data impar apartir das 16 horas.´Telemóvel: 966 241 261.
TORRES VEDRAS
Rua Mousinho Albuquerque, 8A rc. 2560-354 Torres Vedras
Telefone: pedir às informações.
Brevemente anunciaremos aqui outros locais onde será possível consultar documentação sobre o movimento anarcopunque.
No local de Lisboa é possível a reprodução dos materiais em suporte papel, informático, aúdio ou vídeo.
Para mais informações podes contactar:
GRÉMIO ANARCOPUNQUE DE LISBOA
GRÉMIO ANARCOPUNQUE DO PORTO